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“Somos invisíveis”: trabalhadores da saúde protestam por salários atrasados na Aleam

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Amazonas – Vigilantes, maqueiros e trabalhadores dos serviços gerais ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta terça-feira (22), em uma manifestação marcada pela indignação e pelo apelo por justiça.

O grupo cobra dos deputados estaduais uma intermediação junto à Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM) para resolver o grave problema dos salários atrasados Alguns desses profissionais afirmam estar há 11 meses sem receber salário.

A mobilização teve como objetivo pressionar os parlamentares a se posicionarem diante da situação, que afeta diretamente centenas de trabalhadores terceirizados da saúde. No entanto, o que mais chamou atenção foi a baixa presença dos deputados: dos 24 parlamentares, apenas 11 compareceram à sessão.

Entre os presentes, somente o deputado Wilker Barreto (Mobiliza) se pronunciou sobre o tema. Em seu discurso, ele afirmou que os trâmites cabíveis já foram encaminhados e que agora a responsabilidade está nas mãos do Ministério do Trabalho.

“Esta Casa já fez tudo o que estava ao seu alcance. Encaminhamos documentos, cobramos respostas e agora o caso está sendo tratado pelo Ministério do Trabalho. Não vamos deixar de acompanhar, mas a solução agora depende da esfera federal”, declarou Wilker Barreto.

Enquanto isso, o sofrimento dos trabalhadores só aumenta. Um dos vigilantes presentes na manifestação, Antônio Silva, de 47 anos, relatou a dificuldade de manter a família sem qualquer renda há quase um ano:

“Tenho filhos pequenos em casa e não tenho mais de onde tirar. Já vendi minhas coisas, pedi ajuda pra vizinho, e nada muda. A gente trabalha e quer só o que é nosso por direito.”

Maria do Socorro, de 39 anos, também vigilante, contou que está enfrentando problemas emocionais e de saúde por conta do estresse financeiro:

“É humilhante. A gente dá o sangue dentro dos hospitais, mas parece que ninguém enxerga. Já cansei de vir aqui e ninguém resolve nada. Hoje, só um deputado falou. Os outros nem apareceram. Isso mostra o quanto a gente é invisível.”

A categoria promete novas manifestações caso a situação continue sem solução.

Confira a reportagem completa:

Imagens: Thassio Pierre/ CM7 Brasil. 





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