Seca extrema no Amazonas coloca autoridades em estado de alerta
Amazonas – A intensificação da seca no Amazonas em junho, conforme dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), revela um cenário preocupante: 5% do estado enfrenta uma seca extrema. A área total afetada pela seca caiu ligeiramente de 100% para 95%, mas a gravidade do fenômeno aumentou, impactando significativamente os rios da região e, consequentemente, o transporte de passageiros, alimentos e medicamentos. O aumento das queimadas, com um crescimento de 338% nos focos em relação ao mesmo período do ano passado, agrava ainda mais a situação.
Diante deste cenário, o Governo do Amazonas, sob a liderança do governador Wilson Lima, tem adotado uma série de medidas emergenciais para mitigar os impactos da estiagem. Entre as ações, destacam-se a ajuda humanitária com o envio de água potável e medicamentos às comunidades afetadas, além de medidas específicas para a produção rural e a manutenção do funcionamento das escolas da rede estadual. Em colaboração com o governo federal, estão sendo realizadas dragagens em trechos dos rios Amazonas e Solimões para assegurar a navegabilidade.
Além das medidas emergenciais, o Governo do Estado conseguiu a liberação de licenças ambientais para a instalação de portos provisórios entre Itacoatiara e a enseada do Rio Madeira, facilitando o transporte de insumos para o Polo Industrial de Manaus. A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) estão articulando projetos com o Unicef e a União Europeia para mitigar os impactos da seca nas comunidades mais vulneráveis. A Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) também está implantando novas estações do sistema simplificado de tratamento de água, com o objetivo de garantir o acesso à água potável até o final de setembro.