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Rio Negro sobe lentamente e pescadores têm esperança de retomar rotina

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Amazonas – Em meio à expectativa da subida no volume das águas do Rio Negro, pescadores, donos de flutuantes e feirantes de Manaus, afetados pela seca no Amazonas, ainda manifestam receio com a retomada das atividades. O volume do rio, que enfrenta a pior seca em 121 anos, vem subindo lentamente e registrou nessa terça-feira (21) a cota de 13,20 metros. Os trabalhadores torcem para que, com a chegada das chuvas, possam retornar gradativamente à sua rotina.

Boletim do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgado ontem mostra que o Rio Negro apresentou subidas em Tapuruquara e Barcelos e que, em Manaus, o rio voltou a subir, inicialmente 2 centímetros (cm) e no registro mais recente 9 cm, “contudo os níveis ainda são considerados muito baixos para o período.”

Durante o mês de outubro houve queda no volume de peixes no rio, o que resultou o aumento de preços e diminuição das vendas. O motivo: os barcos de médio porte já não conseguiam sair para pescar, deixando a tarefa para as pequenas embarcações. Segundo os ribeirinhos, a situação fica ainda mais difícil pela falta de peixe, as embarcações estão ancoradas pois o motor pode ficar encalhado no rio.

Em razão da situação de emergência devido à seca, o governo federal pagará um auxílio extraordinário de R$ 2.640 para pescadores artesanais beneficiários do seguro-defeso cadastrados nos municípios da Região Norte. O pescador terá direito, mesmo que seja titular de outros benefícios assistenciais, previdenciários ou de qualquer natureza. O auxílio será pago em parcela única. A estimativa é de que sejam atendidos pescadores profissionais artesanais de 94 municípios da região.

No lago, diversos flutuantes, um tipo de embarcação utilizada como bar e moradia, estão encalhados aguardando a chegada das cheias.

Seca

O estado do Amazonas enfrenta seca severa. De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, todos os 62 municípios do estado permanecem em situação de emergência. Divulgado nessa terça-feira (21), o boletim informa que são 598 mil pessoas e 150 mil famílias afetadas. A Defesa Civil informou que, no período de 1º de janeiro a 20 de novembro de 2023, foram registrados 19.397 focos de calor no estado, dos quais 2.802 na região metropolitana de Manaus.


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