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ONU condena ataques de garimpeiros a indígenas nas Terras Yanomami e Munduruku

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A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, em nota divulgada nesta quarta-feira (2), os recentes ataques de garimpeiros contra indígenas da Terra Yanomami, em Roraima.

A nota, assinada por especialistas em direitos humanos da ONU, pediu que as autoridades brasileiras investiguem e processem os responsáveis pelos ataques. O pedido se entende aos ataques também sofridos por indígenas da Terra Indígena Munduruku, no Pará.

“O governo brasileiro deve tomar medidas imediatas para proteger a segurança dos povos indígenas Munduruku e Yanomani e defensores dos direitos humanos, incluindo, líderes mulheres, conduzir investigações sobre todos os ataques contra os povos indígenas e levar os perpetradores à justiça”, pediram os especialistas.

Os ataques de garimpeiros na Terra Yanomami se intensificaram no dia 10 de maio, na comunidade Palimiú. Invasores em barcos abriram fogo contra os indígenas, que revidaram.

Após o conflito, líderes indígenas afirmaram ter encontrado os corpos de dois meninos, de 1 e 5 anos, no rio Uraricoera. A informação foi divulgada pelo vice-presidente da Hutukara associação Yanomami, Dário Kopenawa.

Além disso, o Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna (Condisi-Y) reportou a morte de três garimpeiros – os óbitos ainda não foram confirmados pela Polícia Federal. Um indígena também ficou ferido com um tiro na cabeça, mas sobreviveu.

“Os povos indígenas Yanomami, também relataram atos contínuos de intimidação e ataques a tiros contra a comunidade Palimiú por mineiros ilegais. Posteriormente, duas crianças Yanomami foram encontradas mortas no rio Urarucoera, após um ataque armado, relatado em maio de 2021. Mineiros armados também atiraram em sete policiais federais, que investigavam incidentes violentos na área”, diz trecho da nota.

A ONU pontuou que os povos Yanomami e Munduruku são considerados “vulneráveis”, além de estarem entre as comunidades mais afetadas pela presença da atividade de mineração ilegal na Amazônia.

*Com informações do G1


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