Nilton Lins afirma que seguiu todos os protocolos após tragédia com cavalos em Manaus e defende realização da Feira Agropecuária
Manaus – Após ser alvo de críticas por parte de donos de cavalos que morreram em seu haras no início deste ano, o empresário Nilton Lins Junior veio a público nesta semana para apresentar sua versão dos fatos. Segundo ele, a morte dos 16 animais foi uma “fatalidade” causada por botulismo — doença sem cura — e todos os procedimentos sanitários e legais foram seguidos corretamente.
A polêmica veio à tona após relatos de que o empresário não teria indenizado os donos dos cavalos mortos e que estaria promovendo a tradicional Feira Agropecuária no mesmo terreno onde os equinos foram enterrados. Nilton nega as acusações e afirma que apenas dois proprietários não receberam indenização por exigirem valores “fora do padrão de mercado”.
“Indenizamos os donos dos cavalos conforme o valor de mercado. Apenas dois casos seguem sem acordo porque os proprietários pedem valores absurdos, incluindo o que gastaram para adquirir novos animais. Isso não é razoável e será discutido na Justiça”, declarou.
O empresário também reforça que o enterro dos cavalos no próprio haras segue práticas comuns no setor e que a realização da feira no mesmo local não representa risco sanitário nem desrespeito. “Essa é uma prática usual em haras do Brasil. A diferença é que nós fomos os únicos a assumir responsabilidade, indenizar e dar transparência ao processo”, afirmou.
Lins Junior ainda garantiu que colaborou integralmente com as investigações conduzidas por órgãos de fiscalização e atendeu todas as recomendações feitas pela agência estadual responsável pela vigilância sanitária em estabelecimentos agropecuários.
“A assistência aos animais foi imediata, mas o botulismo não tem cura. Ainda assim, fomos os únicos no país a indenizar os donos e dar explicações públicas. Tudo foi feito da forma mais transparente possível”, disse o empresário.
Sobre a Feira Agropecuária, marcada para este fim de semana, ele ressalta que o evento já é realizado no local há anos e que sua realização no haras não representa qualquer desrespeito. “Cavalos são animais grandes e belos, mas também extremamente sensíveis. Infelizmente, já tivemos perdas em outras ocasiões, mesmo com todos os cuidados. Não se trata de insensibilidade, mas de reconhecer a realidade do campo”, concluiu.
O caso segue sendo discutido judicialmente entre as partes que não chegaram a um acordo. Enquanto isso, a Feira Agropecuária segue com programação confirmada, prometendo movimentar o setor rural da capital amazonense.


