Acidente com micro-ônibus que matou 16 pessoas na av. Djalma Batista completa 11 anos
Manaus – Nesta sexta-feira, 28 de março, completam-se 11 anos de uma das maiores tragédias já registradas em Manaus. O acidente na avenida Djalma Batista, na Zona Centro-Sul da cidade, ocorrido em 28 de março de 2014, deixou 16 mortos e feriu a memória dos manauaras com uma marca de dor e reflexão. A colisão entre um micro-ônibus da linha 825 e um caminhão terceirizado da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) expôs os riscos da imprudência e reacendeu debates sobre segurança viária.
Naquela noite, o caminhão trafegava em alta velocidade no sentido Centro quando invadiu o meio-fio e atingiu o micro-ônibus em cheio. Segundo a investigação, o motorista do caminhão, Ozias Costa de Almeida, estava sob efeito de álcool e cocaína, conforme constatado pelo exame toxicológico do Instituto Médico Legal (IML). Os peritos descartaram falha mecânica e apontaram que o veículo estava entre 80 e 90 km/h — bem acima do limite de 60 km/h da via. A imprudência do condutor foi considerada a causa principal do desastre.
O impacto devastador ceifou a vida de ambos os motoristas, passageiros do micro-ônibus, uma mulher grávida e uma criança. Entre as vítimas fatais estão Rosangela Cardoso Costa, Robert da Cunha Moraes (motorista do micro-ônibus), Adriane da Silva Fernandes, Lincon Oliveira de Souza, Quézia Guedes de Souza, Clarice Gomes Pires, Luis Miguel Guedes de Souza, João Jorge Duarte Pires, Carlos Alberto da Silva Silveira, Gabriela Teles Messias, Tânia Maria da Rocha, Sebastião Alves de Araújo, um homem não identificado (de 30 a 35 anos) e o próprio motorista do caminhão, Ozias Costa de Almeida. O congestionamento no local dificultou o socorro, agravando ainda mais a tragédia.
Um marco de memória
Em 2018, cinco anos após o acidente, a Prefeitura de Manaus inaugurou um mural no viaduto Ayrton Senna como homenagem às vítimas. O espaço se tornou um ponto de lembrança e um símbolo da luta por mais segurança no trânsito. A tragédia também impulsionou discussões sobre a fiscalização de veículos de carga e a urgência de medidas para impedir que motoristas sob influência de substâncias psicoativas ponham vidas em risco.
Passados 11 anos, o acidente na Djalma Batista permanece como um alerta vivo. Famílias das vítimas ainda cobram maior rigor na fiscalização e justiça para os que se foram. A dor não apaga, mas o desejo coletivo é que histórias como essa não se repitam. A data de hoje, 28 de março de 2025, é mais um momento para refletir sobre o valor da responsabilidade ao volante e o custo irreparável da imprudência.