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IBAMA rebate críticas dizendo que influenciador que cria Capivara já deixou Bicho-Preguiça morrer

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IBAMA rebate críticas dizendo que influenciador que cria Capivara já deixou Bicho-Preguiça morrer

Amazonas – Acusado de perseguição contra Agenor Tupinambá. o jovem influenciador que trabalha em uma fazenda no interior de Autazes e cria animais silvestres como a Capivara Filó, o IBAMA recentemente divulgou uma nota afirmando que Agenor já deixou um Bicho-Preguiça, que estaria sob cuidados dele, morrer e que esta seria a denúncia original que culminou na multa de R$ 17 mil.

O Ibama afirmou que ele cometeu práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais. Além disso, Tupinambá foi obrigado a retirar o conteúdo publicado sobre a criação de animais silvestres em ambiente doméstico e a entregar os animais ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, em Manaus.

No entanto, algumas pessoas estão criticando o Ibama por tentar desviar a atenção do fato de que eles apreenderão a capivara de Tupinambá, que era um animal resgatado e bem cuidado pelo influenciador. Alguns argumentam que o órgão ambiental está tentando usar a morte do bicho-preguiça para justificar a sua ação, mesmo que ela seja legalmente questionável.

Independentemente das críticas, a breve apreensão da capivara Filó está gerondo um grande debate sobre a criação de animais silvestres em áreas interioranas no Amazonas. Alguns criticam o Ibama por influenciadores digitais indígenas conviverem abertamente com estes animais e até se alimentarem deles, publicando este tipo de conteúdo nas redes sociais, enquanto Agenor, um universitário de agronomia e pequeno fazendeiro, não pode cuidar de animais silvestres como seu “xerimbabo”. O debate inclusive mobilizou biólogos. 

Enquanto alguns acreditam que é possível ter uma relação de amizade com esses animais, outros afirmam que isso é perigoso e pode colocar a vida dos bichos em risco. O caso de Tupinambá certamente colocou luz sobre esse debate e levou as autoridades a tomar medidas para proteger a fauna silvestre do país.

Leia a nota na íntegra: 

Animal silvestre não é pet.

Por mais que algumas pessoas queiram cuidar de animais silvestres, quando os encontram na natureza, é necessário entender que eles não são animais domésticos, como cães e gatos.

Capivara e bicho-preguiça são animais silvestres. Criar ou manter esses animais em casa é proibido pela legislação brasileira.

Com base no Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), o Ibama autuou nesta terça-feira (18/04) o influenciador digital Agenor Tupinambá por práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais. As multas aplicadas totalizam R$ 17.030,00.

O caso chegou ao conhecimento do Ibama, após a morte de um bicho-preguiça que o rapaz, morador da cidade de Autazes (Amazonas), criava em sua propriedade. No local os agentes encontraram um papagaio e uma capivara. Agenor não tinha autorização legal para manter os animais em sua posse.

Agenor também recebeu duas notificações que determinam a retirada de conteúdo audiovisual alusivo à criação de animais silvestres em ambiente doméstico e a entrega do papagaio e da capivara ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Manaus.

É importante salientar que além de ser crime manter animais silvestres irregularmente, a exposição de espécimes silvestres como pets em redes sociais, estimula a procura por esses animais, aquecendo o tráfico de espécies da fauna brasileira.

Por mais que se acredite estar ajudando um animal silvestre, dando comida e abrigo, é importante entender que essa atitude pode prejudicá-lo, pois reduz sua capacidade de sobrevivência na natureza. Animais silvestres também podem transmitir doenças graves para os humanos.

Ao encontrar algum animal silvestre ferido, deve-se acionar o órgão público competente.

A legislação brasileira não admite a hipótese de regularizar junto aos órgãos ambientais um animal adquirido ou mantido sem autorização.

Quem possui animal silvestre em situação irregular pode realizar entrega voluntária ao órgão ambiental competente para evitar penalidades previstas na legislação.


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