Dissica Calderaro rompe o silêncio sobre polêmica de disputa judicial com a Globo para transmissão do Festival de Parintins
Manaus – O diretor-presidente da TV A Crítica, Dissica Calderaro, falou publicamente pela primeira vez sobre a suposta disputa judicial envolvendo a Rede Globo e os direitos de transmissão do Festival de Parintins, ocorrido em 2024. Em entrevista recente, Calderaro foi direto ao relembrar os acontecimentos e reforçar a legitimidade contratual da emissora amazonense na cobertura exclusiva do evento.
A disputa ganhou repercussão em maio de 2024, após o anúncio de que a Globo exibiria o festival em rede nacional e internacional. A notícia gerou reações imediatas e colocou em questionamento a validade do contrato firmado entre a TV A Crítica e os organizadores do festival, contrato este que previa cláusulas de rescisão com penalidades severas e investimento significativo em tecnologia de transmissão, incluindo a exibição em 4K.
Segundo Dissica Calderaro, a situação foi impulsionada por interesses regionais que buscaram criar uma narrativa de que a Globo assumiria os direitos de transmissão. Ele afirmou que a emissora nunca cogitou abrir mão do que havia sido conquistado por meio de contrato legalmente firmado.
“Hoje eu enxergo de forma muito positiva tudo que aconteceu e a Globo não transmitiria o festival. Aquilo tudo não passou de um grande delírio, não da Globo, mas de uma tentativa regional de se criar um conto. A Globo transmitiu o jogo do Brasil no primeiro dia do festival, eles não tinham grade para transmitir o Festival de Parintins”, disse Calderaro, destacando que não via possibilidade de uma emissora do porte da Globo romper contratos estabelecidos.
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Ele classificou o episódio como uma condução equivocada e afirmou que os acontecimentos serviram para fortalecer a posição da TV A Crítica como legítima detentora dos direitos de exibição do festival. “Era uma brincadeira de mau gosto. A gente nunca acreditou que pudesse haver aquele atropelo, movido por um desejo maluco de outros interesses, de outras pessoas”, declarou.
Calderaro também enfatizou o apoio recebido da população amazonense, especialmente durante o próprio festival. Ele relatou que foi abordado por diversas pessoas em Parintins, que expressaram indignação diante da possibilidade de a transmissão local ser desconsiderada. “Onde eu passava em Parintins eu era abraçado e as pessoas diziam: ‘graças a Deus que vocês não cederam’. Havia indignação popular, com pessoas chamando a emissora de lixo. Eu não gosto desse termo, até porque a Globo é uma das maiores emissoras do mundo. Mas o sentimento era de revolta pela forma como tentaram impor a narrativa”, afirmou.


