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Crise na FCECON: Falta de pagamento paralisa serviços e coloca pacientes em risco; veja

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Amazonas – A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON), referência no tratamento do câncer na Amazônia Ocidental, enfrenta uma nova crise que expõe as fragilidades da saúde pública no estado. Há 24 horas, os serviços gerais da unidade, incluindo a limpeza hospitalar, estão paralisados devido à falta de pagamento às empresas terceirizadas, o que levanta preocupações sobre a segurança dos pacientes oncológicos e dos profissionais da saúde.

A situação na FCECON não é um caso isolado. Nos últimos anos, diversas denúncias foram feitas sobre a precarização dos serviços na unidade. Em março do ano passado, pacientes oncológicas protestaram contra a falta de medicamentos essenciais para o tratamento do câncer de mama, como o Letrozol, que esteve em falta por três meses. Em janeiro do mesmo ano, familiares de pacientes denunciaram a ausência dos medicamentos Anastrozol e Letrozol, forçando algumas pacientes a recorrerem a rifas para conseguir os remédios, cujos preços variam entre R$ 250 e R$ 1 mil.

Agora, a paralisação dos serviços gerais aprofunda ainda mais a crise. Sem manutenção da higiene hospitalar, o risco de infecções cresce exponencialmente, colocando em perigo pacientes já debilitados pelo tratamento contra o câncer.

O líder do movimento social Todos Pela Saúde, Denison Vilar, criticou duramente o governador Wilson Lima e os deputados estaduais aliados, atribuindo a crise à falta de fiscalização e gestão pública ineficiente. Segundo Vilar, a intenção do governo de transferir a gestão dos hospitais estaduais para Organizações Sociais (OS) resultaria na precarização dos serviços, com corte de custos e redução da qualidade no atendimento.

“Infelizmente, a FCECON está sem serviços gerais porque o desgoverno Wilson Lima e seus mais de 20 deputados aliados não fiscalizam e não legislam para buscar uma solução definitiva para a saúde pública do Amazonas. Eles querem precarizar hospitais como o Cecon, Platão Araújo e João Lúcio para colocar Organizações Sociais, evitando licitações e barateando a mão de obra”, denunciou o ativista.

Vilar ainda reforçou a necessidade de mudanças políticas em 2026, incentivando a população a renovar os cargos na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM). “A população tá morrendo enquanto eles estão nessa palhaçada. Tem que fazer um limpa em 2026 e tirar pelo menos metade desses deputados vendidos”, disparou.

FCECON: Uma instituição ameaçada pela crise

Fundada em 1974 e transformada em fundação em 1989, a FCECON é um dos pilares no tratamento oncológico da região Norte. Além da assistência médica, a instituição se destaca na prevenção, ensino e pesquisa. No entanto, nos últimos anos, tem sido impactada por atrasos nos repasses de verbas, falta de insumos e agora, pela paralisação dos serviços essenciais.

Sem a limpeza hospitalar adequada, pacientes e funcionários ficam ainda mais expostos a riscos, agravando a já delicada situação da unidade.

Falta de respostas

Até o momento, o governo do Amazonas não se pronunciou sobre a paralisação dos serviços gerais na FCECON. A falta de um plano emergencial e de respostas concretas aumenta a preocupação entre pacientes e familiares, que temem novas interrupções e o agravamento da crise no hospital.

Diante desse cenário, a população do Amazonas se pergunta: até quando a saúde pública será tratada com descaso?

Até o momento a Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas ainda não se manifestou sobre a paralisação dos serviços gerais na FCECON.





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