Amazonas – A cheia dos rios no Amazonas já impacta cerca de 559.886 pessoas, equivalente a 139.976 famílias, em 43 municípios que decretaram Situação de Emergência, conforme boletim divulgado neste sábado (02/08) pelo Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais.
Apesar do cenário crítico, as nove calhas de rios do estado já iniciaram o processo de vazante, trazendo alívio gradual às comunidades afetadas. De acordo com o levantamento, dos 62 municípios amazonenses, 43 estão em Situação de Emergência, 12 em Alerta, um em Atenção e seis em Normalidade.
A resposta do Governo do Amazonas tem sido o auxílio humanitário: 770 toneladas de cestas básicas, 3.300 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável e 10 kits purificadores do programa Água Boa já foram distribuídos. Uma Estação de Tratamento Móvel (Etam) também foi enviada a cidades como Humaitá, Manicoré, Apuí, Boca do Acre, entre outras, para garantir o acesso à água potável. Impactos na Educação e SaúdeNa educação, 453 alunos de quatro municípios – Anamã, Itacoatiara, Novo Aripuanã e Uarini – foram afetados, mas seguem assistidos pelo programa “Aula em Casa”, que mantém o calendário escolar.
Na saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) enviou 72 kits de medicamentos para sete municípios, beneficiando mais de 35 mil pessoas. Manicoré recebeu uma nova usina de oxigênio com capacidade de 30 m³/h, substituindo a antiga, enquanto Apuí foi contemplada com seis cilindros de oxigênio e insumos hospitalares para reforçar o atendimento.
Lançada em 16 de abril, a Operação Cheia 2025 começou com o envio de ajuda humanitária à calha do rio Madeira, priorizando Humaitá, Manicoré e Apuí, os primeiros a decretarem emergência. A Defesa Civil do Estado mantém monitoramento contínuo por meio do Centro de Monitoramento e Alerta, acompanhando os níveis dos rios para coordenar ações de resposta. Apesar da vazante, a situação exige atenção contínua, especialmente nas comunidades mais isoladas. O governo estadual reforça o compromisso com a assistência às populações ribeirinhas, enquanto a sociedade civil e organizações locais também se mobilizam para apoiar os afetados. A cheia de 2025, uma das mais severas dos últimos anos, evidencia os desafios climáticos enfrentados pelo Amazonas e a importância de ações coordenadas para mitigar seus impactos.