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Casal acusado de violência contra babá pode ser julgado por júri popular, diz MPAM

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Amazonas – No último domingo, 24, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) solicitou ao poder judiciário a realização de um julgamento pelo Júri Popular para Raimundo Nonato Machado, investigador da Polícia Civil, e sua esposa, Jussana de Oliveira Machado.

A acusação formal contra o casal, apresentada em setembro de 2023, inclui as graves alegações de tentativa de assassinato do advogado Ygor de Menezes Colares e de atos de tortura motivados por preconceitos contra a empregada doméstica Cláudia Gonzaga de Lima.

Esses atos de violência ocorreram em 18 de agosto, num estacionamento do complexo residencial Life, situado no bairro Ponta Negra, área oeste de Manaus.

Durante o incidente, Jussana, com o apoio de Raimundo, agrediu fisicamente Cláudia e efetuou disparos contra Ygor.

As solicitações do MP-AM foram apresentadas como argumentos finais no processo, marcando a etapa em que se define se os acusados serão levados a julgamento.

A promotora Lilian Nara Pinheiro de Almeida argumentou que existem evidências contundentes que sustentam as acusações, destacando a seriedade dos fatos.

No episódio mencionado, somente Jussana foi detida imediatamente. No entanto, o MP-AM questionou a polícia sobre a não prisão imediata de Nonato Machado, enfatizando que foi ele quem disponibilizou a arma de fogo de uso restrito usada no ataque a Ygor.

A ordem de prisão contra Nonato foi expedida em 19 de agosto, e ele se apresentou voluntariamente na delegacia do município de Rio Preto da Eva, a cerca de 57 km de Manaus, no dia seguinte, onde foi então transferido para a custódia da Delegacia Geral da Polícia Civil na capital amazonense.

O promotor Luiz do Rego Lobão Filho, responsável pela acusação, baseou-se em laudos de exame de corpo de delito e registros em vídeo para afirmar que não restam dúvidas quanto à autoria dos crimes, tanto no caso da tentativa de homicídio contra Ygor quanto no de tortura contra Cláudia.

Ele enfatizou a cumplicidade de Raimundo no episódio, por ter fornecido a arma utilizada e incentivado a ação violenta.

A agressão contra Cláudia, conforme descrita pelo promotor, representou um ataque brutal que resultou em considerável sofrimento físico e emocional, destacando-se a motivação discriminatória pelo status social e econômico da vítima.


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