Aeroporto de Manaus planeja ajustes para atender à demanda da COP 30 em Belém
Amazonas – O Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes está passando por uma série de adequações para garantir o suporte aéreo necessário durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro deste ano. Os ajustes são parte de um projeto mais amplo para reestruturar o espaço aéreo da região Norte, promovendo maior eficiência e sustentabilidade nos voos que conectam a capital amazonense à capital paraense.
Os estudos para a reestruturação estão sendo conduzidos pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), com o objetivo de otimizar as rotas aéreas e os procedimentos de navegação. O planejamento das mudanças, que inclui a criação de novas rotas e a revisão de cartas aeronáuticas, está previsto para ser implementado a partir de agosto de 2025.
De acordo com o Decea, as análises operacionais para a reformulação do espaço aéreo de Manaus ocorreram de 3 a 14 de fevereiro de 2025 no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Eduardo Gomes (DTCEA-EG), com a participação de militares de diferentes organizações especializadas. A principal missão é criar um sistema mais eficiente de controle aéreo, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de CO2, alinhando-se aos compromissos globais de sustentabilidade.
Objetivos ambientais da COP30 e o papel do Aeroporto de Manaus
A reestruturação do Terminal de Manaus (TMA-MN) segue os mesmos princípios aplicados nos Terminais de Belém e Cuiabá, que têm como foco principal a implementação de trajetórias mais diretas para as aeronaves. Com isso, espera-se não só um aumento na eficiência operacional, mas também um impacto positivo no meio ambiente. O Major Nilo César de Moura, comandante do DTCEA-EG, ressaltou que essas mudanças são especialmente relevantes diante da realização da COP30, evento que reforça a importância de medidas sustentáveis na aviação.
“O evento é uma oportunidade para consolidar práticas que não só atendem às necessidades do setor aéreo, mas também contribuem para o esforço global na redução das emissões de gases poluentes”, afirmou o comandante. A reestruturação do espaço aéreo faz parte de um movimento mais amplo para preparar as infraestruturas de transporte para o futuro, em consonância com as metas climáticas e ambientais.
O futuro do espaço aéreo amazônico
O novo planejamento do espaço aéreo está sendo elaborado de forma colaborativa entre o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), os controladores de tráfego aéreo do Centro de Controle de Área Amazônico (ACC-AZ) e a Torre de Controle de Eduardo Gomes (TWR-EG). Juntos, esses órgãos estão desenvolvendo um sistema de navegação aérea que promete aumentar a segurança e a eficiência, além de reduzir o impacto ambiental das operações aéreas.
A medida é vista como um passo importante não só para a aviação regional, mas também como um reflexo da crescente preocupação com a sustentabilidade e a preservação ambiental na região Amazônica. Com a realização da COP30, o Brasil terá um papel central na busca por soluções para o financiamento climático e o fortalecimento de compromissos para a redução das emissões globais.
O desafio da COP30 e o legado esperado
A COP30, marcada para acontecer em Belém em novembro deste ano, será um dos maiores eventos internacionais sobre mudanças climáticas. A conferência terá grandes desafios pela frente, especialmente em relação ao financiamento de ações para mitigação e adaptação às mudanças climáticas, uma questão que ainda não foi totalmente resolvida durante o encontro no Azerbaijão no ano passado.
O governo brasileiro já demonstrou a preocupação de que a COP30 terá uma carga de demandas pesadas para o país, incluindo o debate sobre a preservação ambiental da Amazônia e o fortalecimento das ações globais para o combate ao aquecimento global. Especialistas apontam que a conferência será uma oportunidade de retomar negociações e avançar em acordos para a redução das emissões de gases poluentes.
Para o Itamaraty, a COP30 será uma chance de consolidar a liderança do Brasil nas discussões ambientais internacionais. A expectativa é que o evento deixe como “grande legado” a renovação de compromissos globais de redução das emissões e a conclusão de debates que não foram resolvidos em edições anteriores.
Enquanto o evento se aproxima, o Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes se prepara para fazer parte dessa mudança global, garantindo que a aviação no Amazonas contribua para um futuro mais sustentável.